CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

!Oi ção conservara o sentirnento que os tornara valiosos, nem a n1e• moria voluvel pudéra reter-lhes a lembrança. Tudo passara, na dissoh·encia dos sonhos, na voragem dos annos. Illusões patrioticas e entlrnsiasmo pelos gosos instaveis, tragara-os o tempo, impassivelmente. Alfredo não lamentava este resultado; pelo contrario, sentia-se feliz ao Yerifi– car que o coração, liberto de an– tigas pcias, estava apto a consagrar toda a energia affectin1 ao doce culto ele um só amor, espontaneo e livre, no seio olente da floresta compassiva. Suas aspirações ele reformas ra– clicaes, seus impulsos para a pro– paganda em prol dos icléaes rege– neradores ela sociedade, perderam também o ardor militante de ou– trora. Evidentemente, a noção de uma exacta justiça é o paradoxo mais extranho que a razão il1ogica elo homem creou n'um dia ele sar– casmo, para o proprio engodo. Então, ele nada rnlia esbofar-se

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