CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

91 de sangue, os labios entreabertos: arqueja. O rosto, coberto de ralos pellos que se juntam em ponta bi– partida sobre o mento, é bem o de um fauno espicaçado pela ani– malidade da bérra. Revolve-se no chão, gen1endo em ancioso cleli– quio ele erotomano. E, para acal– mar o vehemente anhelo insatis– feito, espoja-se, eram os dentes no solo, - esfrega as faces e a fronte no lagar onde a agua, escorrendo do corpo da rapariga, _tinha enso– pado a areia, enchendo-a de fres– cura. Do seio da malta, sóbe, expi– rando á distancia, o canto jovial da tapuia; e ali perto, qual ironia da floresta, uma ave sibila persis– tente a escarninha palavra que lhe deu o nome: -Bemlevi !

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