CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

magestade do quadro paraénse, saudado pelo trinar das aves. Bas– tar-lhe-ia dar alguns passos, refle– rte, e estender as mãos, para alcan– çar e possuir tamanha perfeição. Detém-n'o, comtudo, o receio de trabir-se. F~ o medo de perder a posse mental da tapuia que o inhi– be de saltar para junto d'elia, bra– mando como capripede sil\'ano. Innocente e tranquilia, sem des– confiar da luxuriosa surpresa, a banhista, n'um gesto peculiar, que desvenda o emocionante emmnra– nbamento das axillas, toma os ca– bellos, torce- os á direita, exgot– tando-os e os ennastra em trança farta, que prende sobre a cabeça. Veste depois a camisa, passando por ultimo a sáia de riscado aznl. E ainda amarrando-lhe o cós, diri– ge-se cantando por entre as dunas cobertas de ajnrús, até ao caminho que leva ao sitio. Só então, o negro .:\Ianoel sae do mattagal, corre á praia, ao pon– to onde, momentos antes, estivera a tapuia. Tem os olhos injectados

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