CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.
68 no afastamento, ao som d'um preludio de quadrilha, Paquinha tomou uma das mãos ele J ulio e segredou, com a emoção a sacu– dir-lhe a voz: - Se eu te amasse? .•• Estava o moço muito longe de prever similbante pergunta. De surpresa foi a priméira impressão. Logo, porém, sorriu -jubilo ou ironia?- e exclamou: - Serias a mais justa e miseri– cordiosa creatura da terra, meu amor! - Varno'•nos, então, repoz a caboclinha, sempre a meia-voz, gravemente. Descendo a escada, Paquinha levava o coração repleto de ale– gria. Seu rosto, transmudado pelo contentamento, exprimia delicio– sas impressões. Era ella quem se– guia adeante, agarrada á mão di– reita do rapaz, com um ar ele triumpho, que lhe duplicava a bel– leza. Julie constituía a sua presa, -a presa da alma apaixonada. Como era bom amar e ser amada !
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