CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

inspirasse, via sempre o perfil do mancebo que a impressionara, - sorridente perfil, cujo maior en– canto residia, certo, n' nn1 ar de meiguice e ternura, que não estava acostu1nada a ver 110 rosto, sim~ plesmente luxurioso, de seus ha– bituaes convivas. Sentiu con10 se no palacio dos seus sonhos se houvesse rasgado uma grande ja– nella, toda ornada de flôres odo– ríferas. Por l:í entrava a luz, a bemclita luz ele um sol ele felici– dade; e entravam tambén1 auras bernfazejas, varrendo-lhe o intimo elo coração. Á rapariga, então, acndia1n aspirações novas, uma an– cia, até ali desc01,hecida, ernpós do idéal, - tudo mal definido ain– da, porém já pregosado com in– tima volupia. Como era bom aquil– lo, apezar de dar-lhe um toclo-nad;;i ele incomprehensi,el soffrirncnto moral! Seria isso o amor ? Quando anoiteceu, tornou ao banheiro, para a copiosa ablução vesperal. Jorrando na larga pis– cina de 111annore, a agua cantaYa

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