CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

37 tamente interpretasse o seu pen– samento! Mas era mais do que um jor– nalista, o Heitor: era um litterato de vocação. Seu anhelo mais ve– hernente consistia na publicação d'um livro, novella ou contos, que fôsse a definitiva consagração do seu nome de escriptor. Muito joven, fizera nas lettras urna es– tréa banal, quando estudante. Lan– çara, como tantos, um manifesto poliLico em verso e con1111ettera sonetos como toda a gente os perpetra, aos 20 · annos. Porém depressa lhe disse o bom senso não serem os versos o seu forte e Heitor dedicou-se á prosa. Ti– vera, ao principio, um estylo guindado, quasi gongorico: influen– cia de Camillo Castello Branco, que o impressionara violenta– mente. Fez-se pesquizador de vo– cabulos raros e tentou remoçar, com honras de neologismos, ter– mos venerandamente archaicos. Seu criterio, entretanto, aconse– lhou-o com brandura a emanei-

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