CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

21 com uma pequena chamma de es– perança rebrilhando ao fundo das pupillas irrequietas. Seria aqnella a noite reservada para a satisfa– cção da primeira desforra ? O co– ração dizia-lhes que sim. De subito, no silencio relativo que se estabelecera entre um re– lampago e um trovão, pareceu a Antonio ouvir nm grito longin– qno, - som qnasi impcrceptivel, talvez phantasia do sen vehemente desejo. - Não ouviste? perguntou b,:li-– xinho, n'um offego. O rapazito conservou-se calado, mas parecia prestar attenção. - Ha de ser coruja, explicou ao cabo d'um instante. l\1as outro grito ouviu-se então, d'esta feita mais accenluado. l\ão havia du,-ida, alguém pedia soc– corro. -É obra! exclamou Antonio. -- Parêsque ~im, disse o rapaz. E, levantantlé-se, correram para fóra.

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