ALBUQUERQUE, Luiz R. Cavalcanti de. Commercio e navegação da Amazônia e paizes limitrophes. Pará: Typ. de F. da Costa Júnior, 1891. 46 p.

REDUCÇÃO DE TARIFAS NA AMAZONIA 37 ----- não sejam tidos em devida conta é inutil elevar as taxas aduaneiras no rnpposto de proteger a industria nacional. Assim, pois, temos que, o Pará e Amazonas, que _importam do extrangeiro pela actual tarifa, tudo qua:p_to é de mais mdispensavel á subsistencia privada, confortó e goso, lhe custa menos que os productos do sul do paiz e muitos dos quaes carecem alli de melhor valor venal, taes como: -A banha e o toucinho, a manteiga, o leite e as carnes em conserva, as fasendas grossas e medianas, as mobilias, os calçados e etc. etc.. generos olÍ productos es– tes de alto valor mercantil e principal consumo na Ama– zonia. A grande questão economica-financeira não é im– pedir a entrada dos productos estrangeiros somente porque 0 paiz tem similares; é saber se estes entrão nos merca– dos consumidores nacionaes em condições favoraveiF, que possam impedir ou annullar a entrada d'aquelles, tendo -se em vista os factores mereantis, que já deixamos assigna– lados, e tanto influem na economia privada e publica. Emquanto não fôr regulada no paiz a protecção directa ou indirecta, mas, racional, e harmonica com as condições de sua riquesa publica e, principalmente, com a w 1 tnresa de cada iima d,as Zonas central, meridional ou septentrional, é claro que tí)remos sempre o resultado con– trario dos intuitos em acção'._ Na questão de tarifa,s, a Amazonia escapa ás co– gitações das condições de vida do sul ·do Paiz, e será victima eterna dos principios alli concebidos e. ajustados ás suas condições naturaes e industriaes. A Arnazonia carece de viver sob a acção espe– cial de um regime aduaneiro consentaneo com as condic– ções naturaes do seu commercio, industrias e nevegação, attenclida a sna posição geographica.

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