ALBUQUERQUE, Luiz R. Cavalcanti de. Commercio e navegação da Amazônia e paizes limitrophes. Pará: Typ. de F. da Costa Júnior, 1891. 46 p.

NAVEGAÇÃO COMMERCIO DE TRANSITO 17 de Alfred Marc) chega a não ter meios de dar vasão ao seu serviço ordinario nos Estados do Pará e Amazonas, de que eu dou testemunho official ! Nem pode deixar de ser assim, quàndo, corno vemos, recebe cinco, oito e dez mil volumes, na Alfan– dega do Pará em transito e faz ex;portar outros tantos de borracha de primeira qualidade, de supposta· procedencia peruana ou boliviana ! E' forçoso reconhecer quanto se passa entre nós, no seio da Administração publica aduaneira e affecta de perto os nossos mais respeitaveis interesses : -a exploração de nossa riqueza publica, com se– rio prejuiso para a Nação, porque, devemos convir, ao pas– so que a Estatística internacional registra em favor das re– giões cisandinas do Perú e Bolivia o -desenvolvimento de um commercio e producção assombrosos, o Brazil amazonico estaciona, relativamente, sem embargo do que vemos to– dos os dias, e de quanto nos sacrificamos em prol d 'essas navegações subvencionadas do Junlá, Madeira, Purús, Rios Negro, Branco, Javary etc. etc., que tanto custam aos nossos cofres e, particularmente, aos Estados do Pará · e Amazonas, em centenas de contos ! Carecemos, pois, de reagir energica e positiva– mente, em defeza de nossos direitos, e em prol de quanto sacrificio temos despendido até hoje,e outro meio não vejo que, accordarmos com as nações ribeirinhas, J Perú: Boli- ,via, Venesuela em., as bases de iim novo t?-atado de C•Jm mercio e navegação, vasados nos moldes das reaes conve– niencias do nosso e dos paizes limitrophes e que a actua– lidade de nossa civilisação exige, consentaneo com as emergencias que circumstancias especiaes cream e o inte– resse de nações amigas impõe e são admittidos, em casos taes, quando se trata d'estes assumptos. Não esqueço) por igual, os principios que os ul- ) .

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