ALBUQUERQUE, Luiz R. Cavalcanti de. Commercio e navegação da Amazônia e paizes limitrophes. Pará: Typ. de F. da Costa Júnior, 1891. 46 p.

,.__ NAVEGAÇÃO E COMMERCJO DE TRANSITO 15 consumo privado ou do interesse immediato do seu com– mercio, mas, de um trabalho especial, que perturba intei– ramente toda a sua actividade, por isso que, o commercio de Transito com as Republicas cizandinas desenvolve-se de modo assombroso, embora na 1·azão inversa da acção de $Ua 1·iqueza publica nas regiões limitrop~rns ! Sim, não consta que, novos seringaes, fontes de riqueza da Amazonia, se tenham descoberto nas terras do Javary peruano, nas do Madeira boliviano d'onde aliás procede essa grande prodm;ão que ~ Alfandega do Pará_ já não tem recurso para receber. Pelo contrario, o caucho, que ali se explora, ten- · de a extinguir-se pelo processo, unico conhecido até hoje de sua industria (aniquilar as arvores para aproveitar a seiva), e a borracha restringe-se á zona ou fácha d'aquelles dous rios mais proximos das bases cisandinas e cuja consti– tu_ição geologica não é, como a nossa, adaptada áquella produção. Do mesmo modo, não consta que nucleos de população colonial ou industrial se tenham fundado e flo– rescido nas zonas p eni'anas; bolivianas, . venezuelanas, et_c. etc., que possam justificar o consumo d'essa importa.ção conside1·avel de mercadorias estrangeiras, que esta Alfan- · dega, como ·a de Manáos recebe, armazena e éxpede dia– riamente e constitue um dos maiores serviços do seu ex- · pediente, como o reco.nhece · e declarou o proprio Ins– pcctor da Alfandega de Iqnitos, D. Alexandre Revera, ao auctor d'esta memoria. · Sim, não se trata de um servíço 1·egular, con– sentaneo com um desenvolvimento 01·dinario, que ·o im• pulso de forças productivas occasionem em determinado tempo e condixões normaes. . Ao contrario, vê-se um de,::envolvimento extraor dinario, que de anno á anriu attinge grandes propor-

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