MARANHÃO, Haroldo. Chapéu de três bicos. Rio de Janeiro: Estrela, [1980]. 43 p.

os peitinhos que de tão miúdos parecem de boneca. ttVous pouvez dire aux anglais que j 1 ai un sexe enorme". Não, isso nao é cal vície, nao, meu - anjo, nasci d e testa larga assim, posso te mostrar retrato meu quando tinha quatro anos. mínima importâncla. Cabelo pouco não t em a Se voe~ acha que isso é ser careca eu te digo: então já era careca ~ aos quatro anos. Luto nao botou, explica- va que lato é no coração e não na roup a ; e missas foram as de praxe, às quais não com pareceu alegando incômodos nervosos, que nunca teve, nunca realmente. Pronto estou a ajudá-la a carregar seus elefantes, segurando a s patas da frente e eu as A voce de trás . Absolutamente não a quero, mais, na penumbra, imagem esquiva, cujas mãos nem sei ao menos se são frias ou quentes. A p~ lavra foi esta exatamente: amando. Anun- ciou que está amando. Nem precisei inda - gar, que o passarinho tudo pipilou: sueco, trinta anos, pintor aos domingos, casa em Jacarepaguá. Não saberia eu armar puzzle, mas ele armou. Construiu a esse Ilha dos Perigos, numa prateleira do guarda-ro~ pa, com teias, caminhos, grutas, promontó– rios, pontilhando tudo de talco, o que lem braria a areia levada pelos ventos, , e con J4

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