MARANHÃO, Haroldo. Chapéu de três bicos. Rio de Janeiro: Estrela, [1980]. 43 p.

Lo san g o? Como é w11 lo san g o?, tem as 1 nbas do p~bi s ? Lo san g o? F mesmo forma g ométrica? Ou um picho? Cáqu i ? Cáqui é ioupa, cor de roupa? O puto do comandant e taria de cáqui, na sombra covarde? Esfor va-me, como se da solução daquel e esfor - o r esultasse a lib e rdade. Me soltari a m?, m matariam?, simulariam meu suicídio, pr2 j tando-me de uma janela, ou enforcando-me com meu pr6prio cinturão? Se me mutilas– sem preferia antes morrer. O menino d~ vin te anos castrado, o aviador diss e -me que viu, o local mal cicatrizado: na emas culação provavelmente usaram faca de cozi– nha e costuraram sem capricho, enfermeiro ta lvez improvisado em cirurgião, ou cirur– gi ão mesmo, burro. Teriam me capado tam– bém? Verdade é que mexer-me era impossí– vel, a articulação do braço partida certa- mente, a mão esmagada, o que mais inutilizado pa~a sempre? Os culeos. teriam Niti damente, subiram à memória, que trabalhava aci onada por alta rotaç ão, velhíssimos tor mentos, nomes e minúcias. Quando lera is s o, onde? Os culeos, sacos grossos de cou ro : onde se postúravam os parricidas, tamente com uma cobra, um cachorro, um l o e um macaco, e os atiravam ao mar. jU!!, g.§!:_ o 2 1

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