Frazão, Carlos. Castanha do Brasil. Belém: [s.n.], 1935. 73 p.
9 de pollegada de espessura e de quatro a cinco pollegadas de diametro. Cada ouriço contém de dezeseis a vinte amen– doas envolvidas n'uma polpa, · a qual, com o tempo, toma uma forma fibrosa . Simultaneamente, com o emadurecer do ou– riço florescem as arvores, indicias da futura co- 1 lheita a qual deverá estar madura decorrido o praso de doze mezes. A castanha, quan do não apertada por elevado numero que contenha o ouriço, e cuneiforme, com uma amendoa branca, de fotmato oblongo a qual , por sua vez, vem revestida de uma casca de re– gular resistencia, mais forte ainda do · que a nóz: commum que póde ser quebrada com as mãos·; quando aquella só a marte!IÕ. · . . · ·· Com o inicio dç1 quadra ·~nvernosa acompa– nhada das usuaes trovoadas e borrascas curtas· mas violentas, começam os ouriços a se despren ~ der das grandes alturas, ilttingindo, na sua queda, uma velocidade de mil pés por segundo, antes de tocarem o solo. Este facto em si constitue um serio perigo ao colhedor, o qual, ávista disso, cau"– telosamente sé approxima para á colheita, dando preferencia em fazer esse serviço pela manhã, quando menor é o risco de ser attingido por um ouriço. A colheita da castanha do Pará, póde;:se di– zer, é occupação de gente pobre, dando a um homem com sua familia uma occupação certa para uns seis mezes de trabalho, de accordo com o tamanho do castanhal. O instrumento essencial é o terçado com o qual todo o caboclo (como o escassez com o seu
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