LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

100 BODAS DE OUJ;l.O · a quem .não está na altura de merec.ér tanta de- dicação! · - Ainda não me queixei, menina Adelia, ou dei~ei .escapar um queixume. Basta-me a honr'osa amizade que a menina me dá em troca do meu arnôr, que, se algum valor tem, é adquirido da c_reatura que o inspira! - - Não; o valor é todo seu e eu sinto que ainda não tenha podido corresponder-lhe. 1 _ A ausencia de Arthur, durante as férias, proporcionou um alto consolo -a Adel-ia : Elia não merecia o seu affecto,. mas tambem, ninguem o havia conquistado na aldeia. Além disso, podia s~r que, com essa indifferença, Alice se julgasse offendida .e acabasse por o esquecer. Elia, não _; estava por tudo e de qualquer fórma o acceitaria desde que viesse parar á sua mão. , Já se vê que não_correria ao seu encontro, e se fosse preciso, até se mostrari·a completamente e,squecida do affecto que pr-imeiro manifestara e.,n fav_or delle. _ . Tantas idéas, trabalhando .o seu espirito; faziam que ella se tornasse cada vez mais del– gada. Já lhe era impossível :--emm:=J,grecer ma.is - do que havia emmagrecido. · Ás vezes, ~esmo, uma ._pontinha de- tosse~ s.ecca, _vip.ha embriagar-lhe a doce '\TOZ melo– diosa. Mas nada disso a affiigia, e -Paulo tinha

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