LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
-02 BODAS DE OURO --Disse-me qúe desde muito ·tempo , a esta parte eu sou a suá unica preoccÜpação no mundo. : -E a menina que lhe respondeu? Desenga– nou-o? -Não quiz fazei-o assim de prompto. Acho ,que não devo proceder como procederia com um outro que não,fosse assim distinc'io. ,Q tempo se encarregará de o dissua4ir: é _menos duro o desengano por essa fórma. Acha que procedo mal? - Esse é um caso de consciencia, de sorte que qualquer conselho é extemporaneo.. -Mas se se tivesse dado com a menina, qual seria a sua conducta f · -A que o momento me indicasse. -Àinda nunca teye .de tomar decisão egual? -Ainda não. - Pois eu estou usando·do· processo que com- migo usa o sr. Arthur. - -Como? - Eu tenho agora plena certeza de que não . gosta de mim: -Já lh'o dissef . ' - Não, mas o tem demonstrado muito clara- mente. Ainda no pie nic. - Mas posso garantir-lhe que não ha nada entre nós. · -- - Conheço-o. Mas parece que. a indifferença da menina o incita a querei-a cada vez mais. · - Talvez sej11 engano dos seus olhos.' '
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