LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
86 , BOD.A.S DE OURO lhe falo . nella), dos sentimentos que, agora, mais do que nunca , tenho certeza, ella nutre pelo pnmo. « Já percebo o sorriso que lhe enflora os la– bios . . Mas póde acreditai-o cornmigo: ~ me– nina Adelia ama-o; nada tem com o sr. Paulo Jarvet. « Julga que a queda ao riacho foi obra de mero accaso ~ Pois se assim é, está enganado. Para mim houve tentativa de stiicidio; poi-s não · se acredita que num riacho tão péqueno se afo– gue quem _sabe nadar como Adelia. « E essa tentativa de suicídio foi.causada pelo primo. «Julga que não~ Não tem razão.para duvidar. A menina Adelia tem zelos pelo primo e vendo-Q uemorar-se a meu lado, depois de o primo_ter conduzido Paulo Jarvet para deixal-o a conver– sar com e lla , julgou-se despresacÍa, ou ludibria– da, o que no fim vem a dar na mesma cousa, e pensou em desapparecer do mundo. «Oprimo não imagina de que estranha sensi– -bilidade é capaz aquella creaturinha ! « Ainda"não lhe disse, porém, o fim desta car– ta. É pedira.lhe que não leve o desespero áquella alma soffredora.. « Não quer corresponder-lhe o affecto ~ - « Desilluda-a aos poucos, suavemente, de má– ,ieira branda. Os choques violentos, physicos ou inoraes, podem determinar a !norte de um ser.
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