LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
).e BODAS DE OURO 83 partir s~m uma esperança, sem uma palavra de conforto~ Disse-me que tinha .pena da 1üénina Adelia. Só eu não lhe mereço se~tirnento de es– pecie alguma. Alice ia falar, mas um acontecimento im– previsto veiu interrompei-a: Experimentando transpôr uma estreita ponte · imp,r.ovisada sobre o riàcho, e .que davá accesso á outra margem,, .faltou appio a Adelia e a menina cahiu, em lo– g~l'. em cíue não · Ihe era d;1do ·tomar pé. · Em ·outra circurnstancia, Adelia teria nadado, ' .rri:as assustada e tendo cahido de chapa_sobre as ::i,guas, ficou com os moviment~s tolhidos e cer– ·famente pereceria afogada, se Arthur e Paufo · não corressem ·pressurosos em S?U auxilio, lan– çando-se como se achavam vestidos, á conquista do fardo precioso. · O espetaculo não foi demorado, mas_tão forte tensão de nervos produziu em todos', qué aquelte_s . miítutos ligeiros vàleram· por uma longa vida de - anciedade. , A mãe da menina Morei, que se achava pre- sente, quasi desi'allece -de susto. · · Os dois rapazes conduziram a moça com a maxima cautella .e a entregaram aos cuidado~ . das senh,oras presentés, pois que se achava des- · falle~ida. , Alice correu a soccorrel-'a, beijava-a e affaga– ··va-a com irnmepso-carinho, culpando-se, intima:. mente, por a.quelle desastre.
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