LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

,,. 82 BODAS DE 0L"RO -Nem por uma. nem por outra .cousa. Con– sidere-~ apenas apaixonada ! · - Então reuniu os dois estados, nada lison.:., jeiros para uma creatura do meu temperament6 e presenteou-me com elles. · ,_ Acha então que a creatura, que ama lou- camente, participa das duas cousas? · - Não. Mas apaixonar-se uma menina; da minha edade, po1• um rapaz sem encantos ex..: traordinarios de qualquer especie, e que nunca -– lhe manifestou a menor inclinação, não mereéiâ. outra classificação. - Não gosta, então, delle ~ _ - Estou cançada de lh'o affirmar. e ? sua duvida já assume propor<;ões injuriosas. _'- Perdoe isso em nome do-muito amôr que– ihe voto. -Não rüe fale assim, olhe que já rn'o pro..: metteu. - _É verdade, mas como ·quer que ·eu minta. aos m.éus proprfos sentimentos~ Olhe, o amôr é assim como o brillio de urn'a luz intensa que nós , illumina a alma. Não hu. meio de se a encel'rar ~ · - por muito cuidado que haja ... Se os làbiJ;)s lhe– negam sabida, nunca asstm procedetn os olhôs ... -Perfeitame.l)te . .1\ilas os -olhos -clénuriciam.;. na ap~nas, não· a at!·aic;oam tão cl<).rarriente ... É sempre melhor p9r esta forma, pelo. merios: para mi('n. · . · ~:-:,:__Mas 'não·:vê-que 'n1~lmar-ty1·isa·, dei'xando 0 me-

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