LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO nava digno ela inveja dos seus eguaes em edade. Havia lá um só delles que nã9 gostasse de ser amado por uma joven, grac10sa, elegante e bonita"? A esse movimento de despeito, seguiu um desejo intenso ele se approximar da prima. Elia tambem devia estar $Offrendo e talvez fosse me– nos impiedosa do que havia sido até então com elle, Artlrnr. EssJ, sim, tinha a sua alma, era clona do seu c01·açào e como 'ce"rtamente se estava vendo em condi <;ôes amarguradas eguaes ás suas, preci– sava da companhia ele alg·uem que a comprehen– desse, que a pudesse consolar. Alice, entretanto, n:lo parecia prestar muita attenção ao que se passava ao redor de si e andava de lado para lado, dirigindo pilherias e lembrando jogos que traziam a quasi todos en- . tretidos. Era por assim dizer a rainha ela festa. Quem, porém, examinasse attentamente os seus actos, veria que não havia muita naturali– dade 11::iquillo, e é1ue tudo era esfon:·.o .de uma vontade de ferro. O seu estado dalma, porém, não era: det~r-:– minado, como o suppunha Artlrnr, pelos mesmos motivos. A ella pouco se lhe dava que Paulo se inclinasse por Adelia: nunca lhe ouvira palavras amorosas, nerrí hàvia j.ámais occupado o seu pensamento com coisa alguma qué se referisse a esse ra.paz. . , . ,

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