LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
78 BODAS DE OURO - Não parece, pois que se afasta delle ! -Mas se o trago se~pre aqui, no coração ~ aqui, n6 cerebro ! . .- . - Em todo o caso; podendo tel-o palpavel, ao lado, julgo que deve ·ser muito melhor;. Foi desenganado°? -Não. Arthur não ficou muito contente com essa resposta, pois apezar de não ter intenções a 'res– peito da menina Adelia, se sentia lisÓ11jeado corri a estima .da gentil menina. · - En,tão já sei que foi feliz. -Não posso dizer-me inteiramente feliz, pois que não obtive resposta definitiva, ma;; tenho -motivos para não me julgar desventurado. -Então não se sahiti de todÓ mal da minha lembrança ... --Agradeço.:.lh'·a de todo o coração. E, se alguma vez alcançar o que desejo, ·é a si q;ue o ·devo. · · -Não, ::i: mim não deve nada. Que ha de mais em approximar dois corações que se amam°? - Perdão, não fale ainda assim. Não é bom responder desde já, pelo futur·o.' · Separaram-se hovamente, procurand.o cada ·um següir pàra o seu lado. Arthu.r sahira fazêndo mau conceito da cons- tancia das mulheres: . , Quem se podia fiar°? ..Ainda não havia muitos , minuto~, toa.o . o peps~~ento de Adelia parecia
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0