LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 'i5 e t elles são ainda e acho melhor esperarmos pelos acontecimento·s. Qualquer cousa que o meu cora– ção decida, favoravel ao sr. ou a outro, será o primeiro a saber. Não posso corresponder me– lhor á sua. distincção . .-:- Perfeitamente e já isto é um consolo, para , 1 quem não esperava merecer sequer a esmola de ' um olhar. _· . - Fazia tãa--mau j_uizo, assim, da minha po- -bre pessoa? E~ não digo que a gente corres- ponda a todos. É impossivel, mas póde-se .per– feitamente desilludir um rapaz, sem o maltratar. -Acho qu,e a sr.ª pensa muito bem. Diga– me: farei mal em approximar-me da sr.ª? - Desc;le que a minha companhia .não o enfa- -d:e, não vejo inconveniente algum nisso. _ ·Jarvet ~·etirou-se "um _pouco mais satisfeito: não tinha obtido resposta favoravel, m~s não fora deseng1;1,nado. Erp, , preciso dar tempo ao · tempo e quem sabe se o futuro não lhe seria risonho? Sim! Ene _comprehendia os . escrupulos de Adelia: . Q.ma -menina n_ão podia proceder com o desembçtraço de ,u·m rapaz, qµalquer que fosse a sua inclinação. Louvava-lhe mesmo a conducta, julgando que elb apenas « se queria fazer va– ler» ... E 1 quapto ·mais _entr,av,a nessas, cogitações, tanto maiores motivos de~cobria para se orgu– lhar da sua escolha.

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