LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
74 BODAS DE OURO Alice, pei:isavfl ella, ha de ser sensi ,;er ·a0 amôr dêste .rapaz tão distinc~o e eu . tenho assim o c3:mpo completamente livr e. . Mas, acoroçoado .pelas. palavras de Adelia, Paulo declarou positivamente que •era ell'a a causa das torturas em que vivia. Arr~ava-a, não -daquelle dia, mas de.muito tempo . - Não pôde sei'( , defendia-se Àdelia, pois todos estão convencidos de que o sr. Jarvet gos tá da menina Alice. · --:- Pois eu affirmQ , ql).e .todos se enganam. Nunca dirigi a ,menor palavra de affecto á me– nina Alice . E se muitas ';'ezes ~iu me approxirnei della, era que julgava com iss9 desperta,r zelos ... Ma~ semp r.e sahi enganado e acabei por desillu– <lir-~e . Já hav ia perdiclQ ·por completo a espe– rança. Hontern,_ porém, fui á casa elo sr. Arthur -e eHe animou-me muit~ empenhando a sua pa– ·lavra de çav:alheiro em como não h avia inclina- ção• alguma entre a menina e elle. ' --Dis~e-)he a verda<,lc, murmurou Adel{a, fazendo-se pallida. - .E _eis por~ que me ,:animei 1 a falar-lhe dos sentimentos que nutro a seu respeito. Enf~do-a, rµ,enjna A.delia ~ . . . . -:-De fórma alguma, sr. Paulo .. Qualquer ·_" mÓça que se v.eja amada .pelo sr. se deve sentir immeFJ.sarnen'te lisonjeada. Simplesmente, seria muito apressado de minha parte dizer-lhe que nutro sentimentos eguaes aos seus. Não sei o que r 1
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