LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
\ \ ., - BODAS DE OURO 73 não gosta de estar parado ú1uito tempó· num logãr. Quer sempre estar brincando. - E o sr. por que não se diverte? - Eu ·? Divirto-me á ·minha marieira. Tenho mais prazer em olhar do que em tomar parte nos folguedos. · -Aprecia estes passeios ao campo? - Muito. E então quando vejo a juventude divertir.:se, penso que nada pód.e haver _mais poetico no· mundo. ,. -'--.Mas não manifesta essa alegria. - Não a manifesto? Entretanto ; sinto-me fe- liz. É verdade que parp1. a minha felicidade ser completa, falta algumá cousa. - Que é que lhe falta? - Ser comprehendido por uma menina que é toda a 'preoccurjação da minha ,vida. Se eu alcançasse a ventura de ser a mado, a sr/ 1 veria o quanto eu sou communicatívo. - Mas já foi repellido pela deusa dos seus sonhos? · -:-.Ainda não tive coragem para declarar-lhe quaes os sentiníenfos ·que nutro por ella. Des– confio que µão seria bem acceito e eu prefiro estar na duvida . ._ ~delia, que estava certa de q?e se tratava de Alice; procurou desfazer esses reoeios. Podiam ser infundados e õ melhor que elle' tinha a fazer _era extern• e seu p·ensam-ento á---ele:ita- do"seu-– coração.
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