LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
· BODAS DE OURO 71: • 1 -;--- ~f - A.rthµr, ;.não .~e co(Ilpromêtta aos olhos <la menina Adelia. - · _:__Não• se incomrpode,. sr . Pauio, eu sei que •O sr. Arfüur gosta .muito d~ brincar .. - J\1as des ta vez não. brinco, meni.na Adeha, falo .sério. . , · . _ - E o s r . .me acha cap~z de fugir de ai- . g uem? . . . · . , . · - -Eu, .ni\,o, a prov1 é que o trouxe commigo, para provar qu_e as. s uas s uspei tas eram infun- ' dadas. ' . -Agradeço. o bor~ juízo que o s r : faz de mim. -M::s. eu, interveiu Paulo, não o faço meno? jl}s to. Sabe ,que, ás vezes, _as ápparencias nos são contrarias. -- Muitas_ vezes, .sr., Paulo, infeliz_me~te mu~– tas .vezes. Os dois cavalhefros, como era natural, inter– pretaram essa phrase á . m_edida dos s~us desejos: Paulo. traduziu-à como uma excellente maneira de explicar que nadá a prendia a. Arthur, que ella não esfav~ _~inda incFnada a ninguem. Essa era a , interprt tas;ilo .que mais -lhe co1i_vinha e foi · a que, naturalmente, primeiro lhe occorreu. · Arthur Jevou a referern;ia .para o lado de suas inclinações poi:. Alice. _Esta p0r·ecia~ lhe contraria, na_ver~ade, ):IlaS• qv~m 'poderia af:firinar que não se tratava de simples apparencia? Sabia de tem– peram~nto~ assirp., que .tinham praze~ em não demonstrar aquiHo que mais os fazia vibrar.
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