LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
-Ora viva o sr. 'Benoit! Muito bom dia, sr. Benoit-era como tõclos '"recebiam o sr. Carlõs Benoit,, um velhinho-esíJerto e de olhos vivos 'êlue b1·ilhavám entre pestanas cor de fôgo. Nunca se retirara da-sua alcleia, encravada numa provincia do meio-çlia da França. · . Nascera aUi, alli se creara e se fizera homem. _E apezar de estar_habituado' ao amanho da terra, saber trabalhar por si, nunca pensara na possi– bilidade de um dia perder seus paes. Estavam todos tão identificados que parecia que a vida de um era o prolongamento da vida dos outros. Um dia, porém, isso aos vinte annos, achou-se o es- · teio da casa: tinha-lhe morrido o pae. Não passa– ram dois annos e elle se viu· completamente só. A terra, então, e mais _um boi, eram os unicos que existiam da sua intimidade antiga. Para aq uella inclinou~se com mais ardor e para. este
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