LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODA~ DE OURO Rapne,s e raparigas gargalhavam, distri– buindo-se em grupos para todos os lados. O campo era vastissimo e se perdia de vista, muito alép:i, onde offerecia encanto aos olhos humanos a presença de um intumescimento da •terra. Arvores frondosas erguiam-se,. erectas e farfalhantes, aqui e alli formando graciosos oasis á beira de um colleante riacho, que se espregui– çava pór entre o verde-esmeralda das margens planas. Foi para as margens dêsse riacho que se di_rigiram os itinerantes. As aguas eram de uma impressionante ela– resa de crystal puríssimo, rolando sobre a alvura immaculada de multiformes seixos brancos. E começaram os jogos, as correrias e as dan– ças, cada qual divertindo-se ao sabor dos seus desejos. Estavam todos alli como se formassem uma só familia, brincando. E, quando já o sol se fazia sentir mais arden– te, irnpro:visaram mesas sobre a relva onde foi servido o almoço. Arthur não perdia os movimentos de sua pri– ma e via que ella procurava propositadamente estar afastada de Jarvet. ' - Está despeitada com o que eu lhe di~se ho- je, não ha_çluvida. ' E c9mo,~despeitado pela repulsa da me9ina Morei, Jarvet procurava acercar-se de Alice,
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