LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 65 1_)osar-me, nada o arredal'á dahi. Por en1r1uànto não teíme. -Sirn, sei que é in~til. Mas se eu provar que sou sincer-o, posso ao menos alimentar es– peranças? -Quem poderá responder pelo futuro? Oootinuaram ainda a coliversar por alguns momentos, sem a vivacidade primitiva: estavam .ambos muiJo preoccupados para o poderem .fazer. E embora tivessem de sf! encontrar mais uma vez, no dia immediato, num pic'..1-iic que haviam projectado diversos rapazes e moças 9a .aldeia, acharam propria a occasião para fazerem -as .suas despedidas. - Não rne tique querendo m1.1l, primo, pelo pedido que lhe fiz e creia que não têm funda– Il!-ento as. suas suspeitas a meu respeito. -Acredito. Mas tambem não me supponhq, menos sincero por eu haver recusado um pedido seu. Desejaram-se mutuas felicidades e eram sin- ceros, fazendo-o. - Alice recolheu-se á cas:1, naquella maphã,: sem •a mesma alegria cornmunicativa que era o encanto dos seus paes e avós. . Attribuia o facto ao cançaço e t9dos concor– davam que e·ra necessai·io repousar. Até fari::l bem não indo no dia imme,liato ao .pic-nic. Mas -Alice 'explicava que não estava doente 5

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