LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 63 -Mas não vê que o meµ desejo é concorrer-· para o allivio de uma alma soffredora? . -Em proveito proprio? Bella esmola! Egois– _,tico benefici0 L -Não o comprehendo. -Entretanto , nada mais clar"o. A prüna des- cobriu: que Jarvet faz a côrte á menina Adelia, e quiz pol-a fóra de combate. · - Não ha tal. · - Pois elle gos ta mui to della. DE)clarou-rn' o. esta manhã e eu prometti ajuç4tl-o •nos seus amores . ·, S} .- Mas não póde ser. -Eu sei que é doloroso para a prima, mas eu tambem soffro. A prima vê os seus amores. cont'rariados e eu tambem, os meus . Sofframos. ambos: podemos consolar u"m ao outro. - -Eu nada tenho com o sr. Jarvet. - Não é o-que demonstram os factos. - -A m~nina Morel es tá louca de amor·es pelo, ·primo. - Mas o sr. J arvet não o está menos por ella.. ·-Primo, ajude-me a fazei-a feliz.-·.. · • .,,- Em prejuízo do rnell amôr? Impossível. . ~E · é assim que me diz amar! As suas pa-- lavras dizem uma cousa e os seus actos de- , monstram outra. : . . .· -Diga-m_e, prima: Acha justo que tendo– inclinações por Paulo seja eu que o vá .atirar a. . seus pés, eu que ·á amo? .' . . .. ·, ..

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