LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE OURO 61 val, quando sei -que se trata de um homem de carnctér? - Ma_s eu já lhe disse que nada tenho com a menina Adelia. - As suas palavras me fazem bem e eu as :acceito corno um evangelho. Mas ioterceE1a por mim. Creia que eu saberei ser. eterQarnente re– conhecido. · - Prometto-lh' o, pôde ficar certo: · Paulo sahiu agradecendo o obsequio, como se já ostivesse feito, em ·tanfa conta eHe tinha a palavra de quem lhe promettera auxilio. · Artbur estava intimamente satisfeito com o que ouvira: via assim desempedido o seu campo de acção. E se tão promptamente offerecera o seu concurso a Paulo é que nisso achava resi- dir a gai-antia do~seu amôl'. · Satisfeito com_ esses e outros pensamentos prep·arou-se para jr · falar á sua prima. Não es– quecera ainda o bilhete e só a_g0ra pretendia ter alcançado o intuito de Alice., Atirando-o par,a o lado de Aclelia, naturalmente defendia Paulo do amôr, que ele certo havià reconhecido já. - Era muit~ esperta a Alice, dizia elle, mas elle é que ·se não deixaria: apanhar por tolo. E p(lra mostrár que · havia com1Y1·chendido áquillo que elle considerava o secreto pfa.no da · prima, foi immediatamente procmal-a. Alice, extenuada pelas desencontradas sensa– ções üa noite anterior, fôrn cedo sentar-s.e .sob a . .
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