LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

-5'2 BODAS DE OURO - Não. Apenas qu~ não me queira màr por causa do que lhe disse esta J11arihã. Esqueça ~do. -:-- E a ~rima promette perdoar o meu atrevi- - mento. - Não falemos · mais · nisso. Ouve? Annun- ciam uma valsa. Até logo. E fugiu da janella. Arthur deixou-se ficar no mesrho sitio , por alguns momentos , r efl ectindo sobre a conversa que tivera com a sua prima. Que nova peça lhe preparava ella ? S~m, porque aquella mudança repentina podia perfeitamente ser inicio de um . novo plano de ataque. Fosse muito embora, elle não sentia forças para reagir contra esse domí– n io superior. Volveu ; pois , á sala. Ali ce tinha-se deixado fi car sentada, d_ando uma desculpa dessas que as moças têm sempre pron1ptas, gl!andQ JJ,Uer.erri- Tecusar uma dança-– a quem l 'as pede. . Aprov~itou, · póis , Arthur o momento, , para continuar a conversa interrompida. - _-Não desej ava dançar esta valsa? - Vim apenas apreciai-a. - Mas por que não a dança commigo? --Já outros o antecederam e tiv.eram resposta negativa, j,á vê o primo ... - Nesse caso não insisti_rei. Ainda fico espe– rando· pela opportunidade em que me po·ssa ser, favoravel a sua respos_ta.

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