LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 51 . estrellas. A . via lactea, a estrada de S. ·Th_iago recurvava-se grac~osa e magnifica por cima _da -casa. Alice enéarou:a e teve um bom ·agouro con– solador: - Dizem, pensou ella, qú.e este caminho idéal indica o paradeiro das moças que brevemente se casarão ... E aquelle pensame_nto diminuiu as suas tris– tezas. Mas se Arthur era ·caro ao s-eu coração, pol'. que tinha prazer em desfeiteal-o, ou atormental-o '? . Sim, elle fora seu, sómente se~. .E apezàr da côrte que elle agora fazia a Adelia Morei, podia fazei-o tornar ao antigo alvo, quando quizesse. Poderia'? Quem sabe'? Vfra-o tão attencioso com ella, e não procurando outra companhia, que não acreditava mais no seu antigo pocÍer sobre elle. Emquanto assim_o pensamento errava, uma voz, que partia do Iàdo dit fóra, aespértou--lhe a attençào: . -Então, prima, troca as delicias da .palestra de Paulo J arvet pelo silencio do seu quarto'? -O primo não deixou a menina Morei pêlo... relento'? Já vê que não me póde criticar . ~ -Eu viq,1 apenas fumar um charuto. - E eu descançar das danças. -:-Sabe'? Depois d~::im.anhã, parto. -Tenha bôa viagem. -Não deseja nada de Paris'? . , •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0