LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

) BODAS DE OURO · - Que tal a acha, se gostaria de a ter por prima. -Escolheu má informante, porque não me ·occupo c~l}1 a viela a lheia, Úem pretendo as func– ções de agencia informado r a. - Não se zangue, Alice~ ~Que juizo faz o sr. de mim? Quer talvez que eu seja·a sua intermediaria? ~ Longe de mim, esse pensamento, pois che– gou a suppor que eu .. . -Eu não suppuz coisa alguma, o pl'imo foi q uern disse. Ali ce estava deliciosamente enraivecida, cra– vava os dentes de perola nos labios rubros, ao mesmo tempo que batia com os pés mimosos no chão. Arthur, intimamente, exhultava com aquel la ira repentina. Parecia-lhe que er a correspondido ·e por isso falou: -Não me j~lgue capaz de tanto . Olhe para o meu rosto e repare que eu a .amo! ~ · Cale-se! -gr-i tou ella com energia. Eu não - quero ser um joguete dos seus caprichos .. H ç1, , pouco erà a menina l\forel, agora sou eu. Conti.:" · nue a fazer-lhe a côrte que vae muito bem. · De-: mais, que tenho eu com isso? Se o aturo, é como . .parente, só por isso. E I)ào me aborreça. Vae =" para Paris? Pois ·vá e seja muito feliz. E~tude, · forme-se-, case-se, faça o que entender. Adeus. - v prima, não me deixe neste desespern.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0