LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE OURO 47 de um outro rapaz, . coisas que enormemente contrariavam o seu pretendente. . Apezar de tudo, não externava essa contra– l'iedade e continuav~ a dispensar as rnesmas af– fenç0es á prima ingrafa. Pensava em dirigir-lhe uma carta, mas_ temia. o seu espirita galhofeirn: eUa era capaz de pregar– lhe uma peça na frente de todo-o mundo. Approximava-se, porém, o di_a determinado para a partida de Arthur para Paris, onde ia _ continuar os seus estud-os,' e elle não queria fa– zel-o sem falar a sós com a sua prima: Encontrou-a certa manhã a passear na quinta dos seus avós. -=-ora graças que a encontro, Venho pedir· as suas ordens. -Aqui? Parece que o primo sabe onde moro. , - Perfeitamente, mas é que desejava fazer um pedido que só pode ser attendido pela prima. - Não creio, •porém, que sê trate de um as– sumpto que os meus não possam. ouvir . ..:._ Com _certeza que_não. -Então faz mal em proéurar-rne ,-aqui para. · esse _assumpto. Vamos para casa. -Faz · bem em fugir de mim: sou indigno de sua attenção. O Reelido que .lhe queria .fazer, e só _a si, em nada a offendia. Eu desejava ape– nas .o seu parecer sobre a filha do -sr. 1\forel. -Em que sentido?
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