LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
- 46 BODAS DE 0URO apartou. Era o mimo da casa, pela sua vivaci- dade e graça naturaes. ., Imperava sobre todos, avós e paes, e ninguei11 -tinha vontade soberana ao seu ' lado, se essa não coincidia com a sua. Concordaram, pois, todos, em -como era uma -necessidade mandai-a para o .convento. E foi. Aos dezoito annos tinha completado o .curso que se fazia .no convento e regressou de vez para a companhia de seus avós e de seus paes. Tinha perdido os ares br-egeiros dos seus dias ma!s verdes e adquirido a compostura se– vera de respeitavel matrona. Extranhavam todos essa mudança e ninguem a sabia explicar. Datavam-na, entretanto, de ante– penultima das -suas férias. ·Motivos do coração não _seriam, porque ~té então·, Alice, esse era _o seu nome, não prestava attenção à ra1i az algum. Era uma çreança e o que queria era brincar. Verdade erç1 ·que Arth,ur Dul!!ois, um seu pri– mo pelo lado paterno, fazia-lhe declaradamente a côrte, mas Alice não lhe prestava mais attenção do quw aos outros. Se o primo procurava approximar-se·della, a m enina encontrava- sempre qualquer obsequio a pedir..Jhe, que o afastava .irnmediatamente, o_u ou então, requeria- a presença de uma moça ou
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