LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS. DE OURO 46 tava mais de setenta aimos e que elle se prepa– rava pa!'a festejar o quinquagesimo anniversario do seu fe.!iz enlace matrimonial. . · Tinha mesmo prazer em repetir esse passado, scena a $Cena, nas µalestras com a sua dedicada e •Cara metade. Nunca tiveram o mais . ligeiro desentendi– mento. Do dia em que se uniram pelos indisso– Iuveis laços, até essa data, continuaram a tra– tar-se como se foram eternos noivos. A aldeia toda apontava-os como esposos exemplares. E a Alba . unica qu't lhes déra De_us, crea– ram-na elles com todo o .cuidado e desv(;)llo que tinham r-ecebido na sua infancia. Casaram-na quando já contava vinte e .cinco. annos de idade com o filho do medico que pretendera a mão de Clara. · Durant-e cinco anno~ desesperaram .pelo de- . sejo de ser avós, sem que o conseguissem. Mas afinal, tà(! ardent.e ·eram os seus desejos e tão fervorosas as ~mas _preces, que, ao fim dêsse tempo, viram satisfeito o sonho embalador que - alimentavam com excepcional carinho. Era uma menina tarnbem e para ella volve– . ram 'todos os seus cuidados. Clara, como o tinha feíto á sua Ail1a, encar- · regou-se de mandar à neta para o convento do • Sacré Coeur. · Foi urna tristeza enorme quando ella se
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