LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
44 UODAS" l')E ou.ao -Amae-vos, meus filhos, - terminou. élle,~ amae-vos cóm todas as veras do vosso ardente, coração e ao proximo como a vós. mesmos; que sereis felizes, _porque gosareis as doçuras do ceu na tena. Ainda não estava terminad_a él, festa, e a romaria volveu da ermida para •á casa do sr. Brandet ·onde iam effectuar-se o almoço e él,S danças offerecjdas aos · que nellas quizessem tomàr parte. · A alegria inais communicativa reinava em todos os semblantes. E não havia idéa na aldeil:l. de um casamento tão sumptuoso como o de Be~ l'loit é Clara. Tal ·e-ra o enthusiasmo, que, á noite, quando os cl'óis se retiraram para casa, · foram ainda acompanhados por todos os camponi_os que alli se achavam. Mu,i.iram-se de archotes e lanternas que, por entre a ramaria densa das quintas, ·despediam um clarão festivo, verdade·ramente feerico. Á chegadà ·da casa de Benoit acclamaram-no, eo~10 se elle fôra um pr1ncipe e depois reti- raram-se. . . Um grande silencio manifestou,.se então, de . todos os lados, emquanto Benoit e Cfara troca– vam « as palavras de amôr que- ainda ·não ha– viam dito>>. Essas eram as recordações que ~empre acu– diam á lembrança de Be_noit, agora que já con-.:
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