LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

42 BODAS DE OURO ·. _ I$SO tambem já era demais, dizia elle ao cur.a. •As missas e os casamentos não chegavam para tanto. E seria, de sua parte, uma falta de consciencia entrar assim na algibeira de seu ve– lho amigo. -.Olha q.ue não é isso que me vae aleijar, garanto. , , Nada, porém, demoveu· Brandet do proposito em que estava. Chegou finalmente a data solenne. Dt!sde pela m?'nhã . os -sinos da ermida bim– balhavam festivamente. De -casa d.o sr. Brandet ao altar-mor, todo o caminho tinh~ sido tapeta– do de flores que os camponezes, na meçlida de suas forças, haviam por ali derramado. E quando_, ás 10 horas da manhã, os dois 11oivos, de braços dados, tomaram aquella direc– ção, na sua frente, dois a dois, casaes de cam– ponezes seguiam clanç.ando e cantando alegre– mente. Á direita e á esquerda, em toda a extensão do trajecto, .os camponezes ·casados abriam alas e sorridentes dirigiam saudações ao joven par. Os velhos, encadernados nas melhores roupas, abençoavam-nos: -Deus os faça felizes. E que - lindos vão! Foram talhadinhos um para o outro! E os noivos, como se estivessem á . porta de . um thesouro ha muito .cobiçado, tinham sorri-– sos venturosos para todos 9s lados. Ao penetrarem .na ermida, tiveram urna sur-

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