LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE OURO 37 naquella manhã, indagou-lhe da saude e da dos ' seus. -Mas o sr. fá nos viu hoje á egt_eja. -É . verdade, é. Muita gente lá, não é ver- dade? · -Sim, sr., muita gente, mas não vi l_á ninguem que não tenha o habito de ouvir missa aos domingos ... -Ninguem, é verdade. Entretanto, pareceu– me que havia mais gente hoje do que nos outros domingos. -lllusão dos ·seus olhos, talvez. -A maf!hã1/ tambem, está convidativa. -É, está bonita! • Convida até a gente a p~ssear. Se quer dar um passeio commigo . . - Perfeitamente, ·mas ... -Tem algum compromisso? -Não, sr., não é isso. O sr. quer que lhe' diga francamente? Não sei como começar o assumpto que me preoccupa. -Diga sem receio: Sabe · que sempre fui tanto seu amigo como de seus paes. · / -Sr. Brandet eu vim aqui porque gosto de sua filha e quero casar com ella. -.Já já, não póde ser; É preciso dar tempo ao menos para preparar o enxoval: - Desejo o seu consentimento. -Tem-no, meu caro amigo e agradeço-lhe a distim~ção da escofüa. Mas creia que ella é digna de si, do homem honrado qlle eu sei o-sr. _é.
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