LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
6 BODAS DE OURO Clara; -ao chégar, apertoÚ-lhe a mão e foi pas– sando, deixando-lhe nalma o rastro luminoso do sorriso com_que o mimoseara. .O sr. e a _sr.ª Brandet tambem' permittiram– lhe a mesma :sal_ldáção. Era, pois, senhor do terren0. Acabado o otg.:. cio sagrado,, porém, não quiz esperar por nin– guem e _foi ainda espairecer pelo campo, antes de fazer ·o pedido. - ' Estava agitado, frio e nervoso. As idéas ba- ralhàvam--se-lhe :oo cerebro. · _ E foi -hesse estado de espirito que .elle se en- ' c~minhou ·. para a casa -dà ·menina Clara, áhi assim - pelas 9 horas dessa mânhã -de frescura - deliciosamente primaveril. ' .Annunciõu-se, -com toda a timidez por umas palmas que se diriam batidas por·delicadas mãos · femininas. · · · - · E como a. pr-esença de alguem se fizesse es– - perar, repe'tiu o aviso COil!_ a ponta d({chápeu de -' sol nas folhas 'dá porta. ~ · ., · - • -Quem é, indagou, de dentro, a voz ·ae um · creado. Beµoit accúst;J,J.-se e .fizer-am:no entrar p-&ra a sal~ _ :.. Novos mQmentos de tortura. Benoit nã0 sabia c-omo-enc'arar_o ~r. Brandet, que $e lhe arrgurav_a, agora,_á imaginação colno um ser extra:o'rdinarfo. · Logo que elle énctrou,·apertou-lhe novamente a mão 1- como se ainda ·não o houvesse· visto'
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