LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE OURO 36 ... .que entendera de fechar os olhos e deitar-se, ás .suas caricias, foi ver se jan tava . Depois disso, os dias coíneçaram a parecer– Jhe immensamente longos : N~nca ma_is que o domingo , tão almejado, chegava . AAnal; satisfazendo a ancia do enamorado Benoit, raiou o dia do pedi1o. _ . . ,, E o rapaz, qtie não dormira a noite toda, sal– tou da cama, a.inda o relogio não marcava quatro horas. Preparou-se c9m tanta soffreguidão como se o fizesse para não perder a partida de um trem. ·- Escolh.eu as suas roupas dos grandes dias ·e sahiu a fazer horas. Nunca se fizera tanto tardar a missa ~on:ventual da pequena ermida da aldei;. · Pa recia que o cura tinha interesse em con- · trarial-o, o cura que sempre se mostrara seu amigo e que lh f3 dizia, em tom de conselho: - Procura uma menina digna de ti e casa-te, meu rnpa·z, que és~e era o desejo ele teus paes. Pois bem!. .Lá estava ell e prornto para cum– prir. o pate·rnal conselho e o seu velho amigo.:e _mestre não dava mos tras de perceber-lhe a an– ciedade. A verdade , porém, é que tudo march3<va ~·a ordem costumeira: só o desejo de Benoit é q~e .se tinha tornado excepcionalmente desensoffrido: Foi, por isso, ,.que, antes de qualquer pessoa, chegou á ermid a . Assistiu á vinda ·do sacristão e de tod9s, distribuind_o ·a saudação matinal por · quantos entravam. *
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