LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 33 pois que exigia inteireza de caracter daquelle a quem t.ivesse de dar o nome de amigo. -De aecorclo. Mas a menina Clara apenas -disse que a minha pretenç.ão talvez não fosse re- )ellida, ntas não me affirJnou que seria acceita. -- Não creia que ella usasse de subterfugios se pretendesse despachal-o desfavoravelmente. Bem se vê que não a conhece bem. . . , -Em todo o caso, sempre sabe bem a gen– ;t,e· ouvir que é ·amada! Não pensa assim, meni– na Clara~ , --Isso assim t,ambem, á queima roupa, sem se esperar ... Que quer o sr. que eu diga qu,e .ainda não tenhá deixado transparecer~ ... - Nada de precipitações ... O sr. Benoi,t, fa– rá o pedido no proximo domingo óu .em dia que mais ·lhe convenha. -Eu só estou aqui pa1·a obede.cer ás ordens da menina Clara: O que ella disser, isso eu fa– rei. -Se domingo não lhe causa transtorno .. ·. , - .Ah I Isso não causa. Podia ser até Dgor4. - Nada de pressas ... Basta que seja no pro- ximo domingo. ?" , Benoit deixou as duas· sr.ª 5 · e .voltou para casa, radiante. Até que afinal ia terminar aquelJ.a·· solidão em que se achava, desesperançado e tris- • te, depois que lhe mo-rreram os paes, , Em cqegando á casa, --;lhou para- os .rêtr,àtqs dos inesq uecidos amigos q~e _peqdiarn d:;i.p:Jrede 3

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