LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAS DE OURO 29 eram sempre promptas a qualquer objecção que se tentasse oppôr-lhe. Calou-se, pois, e esperou que a crise nervosa passasse. - Vamos passear, minha filha? -Agora _não, estou com os olhos muito ver- melhos. ' -Banha:os e varnos apreciar a tarde que está lindíssima. · Clara não sentia muitas disposições para s_a– hir-, mas como se habituara a não contrariar as vontades maternas, accedera ao convite ,e sabju. A luz ·solar, que é a excelsa piritora cte,tudo, áquella hora, punha brilhos desconhecidos sobre a verde cabelleira farfafhante das arvores fron- . ' , .! dosas e sombras delíciosainen·te leves, corno a imagem de um lyrio refl.ectida na face polida de um rio : desenhavam-se sobre as ervas 1·asteiras. A sr." Brandet olhava para aquillo tudo com · -olhos de artista, e com exclamáções repetidas p~ocurava despertar a attenção da filha. Sem o sent1t·em, iam-se approximaiido do terreno de Benoit. Era ~aJii que os vegetaes se. mostravam em toda a sua luxuriante beJleza.. ,. -

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