LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BOf)AS DE OURO 23 1e que não tem disposição nem habil i tações para •O trabalho. O s.r. Benoit é intelligente, activo e tem uma ce rta cultura. Crê que apezar de sua modestia, nãÕ é tão fac il clar-lhe quitiau; quanto t u o julgas . - Não me opponho desde que isso te dê pra– zer. Mas teu pae estar-á pelos autos'? -Desde que a mamãe o es téja ... - Prornetto ajudar- te. Mas é melhor que lhe fales, i,;:s'.) demon stra mais confiança de;_ tua par– t e e ell.e se en tri steceria se ih' a negasses . -Não me sinto com muit a coragem. - Vae, tolinha.! E Clara, na ponta elos pés , caminhou para o ,gabinete, onde o sr:. Bnrn jet traba lh ava tão a t– <ten tamen te quenã.o deu pela ent rada da filha . Clara tapou-lhe os olhos com as mãos gordu- dias e alvas . · - lts tu, Cla ra~ Que' quer13s'? _:___ Dar-te um beijo. , . -Já sei que me queres pedi r alg uma _cous~. - - Nãô é bem um pedido: é quasi isso.' · · · - De que se trata'? _ -Estás di spos to a uma consulta'? -Sobre a lgum assumpto grave'? - -Gravíssimo. - l\!Iettes-rne üt edo ! -O papae não é homem que se ass us te com <l uas razões . -Quando se, trata de minha filha, porém ..• ~ . .
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