LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
B()DAS : DE , OURO 135". I)ão in~pira o mal, não póde fazel-o, porque par-· ticipa· da essencia divina. Quando ouvirdes que duas creaturas, que se amaram, soffreram a se– paração sem dôr, podeis garantir, que houve ·mais mat~ria do que espírito nessa estima e como tal não estava apta a resistir aos maltratos da jornada da viela. Amae-vos, porque SÓ. o amôr é capaz · de poetisar as tristezas dêste valle de la– ' gr-iní.as e de alent ,r-nos .na adversid,ade. E eu, ao terminar, só pe_ço a Deus que me inspire nesta . benção que deponho sobI'.e as vossas ca– beças! Finda a ceremonia do casamento e a dos cum– primentos, -novamente desfilou o cortejo para a_ · casa de Benoit, obedecendo á mesma ordem em– que- havi-a seguido para a ermida. Dal-_ii por deante as festas _foram ao ar livrn, na 'quinta~de Benoit,. tendo ··comet;ado por um banquete offereciclo a 30 creanças pobres_e que era ser:vido por 30 das mais r~cas familias da localidade. Seguiu-se,- então, o b:rnqu.ete das viuvas e .só_ depois, o final l:)m que tomaram parte activa os noivos e os heróes das bodas. É verdade que os . tres casaes presidiram a todas as m~sas, mas só na ultima, foi que se serviram.- Antes disso, ·apenas correspondiam aos_brin– des. . Paulo e · Adelia tomaram a dirncção da casa
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