LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

BODAJ:l DE OURO 15 - ção da minha parte, o ambicional-a..-., por es~ posa ... -Pretenção· por que'? -Não passo de um hu~miHe camponez, sem grandes preparos. . . E a menina'? A menina é filha do primeiro capitalista destas terras. Foi educadá num velho e afamado convento e certa– mente não foi para entregal-a a um simples la– vrador que o pae da menina procedeu por essa fór·ma . ,. -Não diga isso. Não sou pretenciosa e não continue a pensar de mim aquillo que não sou. • Papae é rico, mas é tambem lavrador. . -Em todo o caso, a menina ha de dar pre:. ferencia ao sr. doutor ou áquelle militar bonito qúe sempre apparece pela casa do sr. Brandet. .- - Aquelle militar bonito não me encanta se– não como um parente muito querido ... O doutor~ tambem não me agrada. -Então, se eu me apresentasse ... -Talvez não sahisse tão mal quanto julga. E olhe, sr. Benoit,: que já se vae esquecendo das , cerejas que me prometteu. ... - Não repare, menina! É o prazer, é a ven; tura que-me· causa _a esperança de um dia pos.,.. suir o maior thesouro que Deus póz· sobre a terra. -A{! que o sr. · Benóit é poeta. -,-Se o sou, é a sr.ª quem me·inspirà;- ~Já basta de cere}a$. Até_.outra vez ; ;. · /

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