LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAS DE _OUilO .133 noit. E resplendia !}as súas tintas novas, ella, que assistira ao baptisaao de todos aquelles que jam encher-l_he a nave tão conhecida e hospita– leira, que a nenhum· delles tinha negado confor– to, nos momentos précisos. · O cura ainda lá estava, imponente ria suave– lhice de homem arpado de todos, pelo immenso bem que e·spalhara ao redor de si. A fé intensa, que presidira a todos os actos de sua longa e preciosa vi.da , davç1,-lhe forças para resistir a essas festas e ás 8 horas da manhã f'ôra occupar o seu logàr, pararnental---se para as ceremonias religiosas que se iam effectuar nesse dia. Chegada a hora, começou a desfilar o tortejo _nup15ial. Na freate ca~aes <le camponios e cam– .ponezas, todas jovens,- de _braços dados, entoando cantos festivos, e1:am seguidos de Arthu-r e Alice. Após esses · ·"._i1}m_:-se vinte meninqs, -nos trajos immaculados, de quern:ia receber a primeira: com– munhão, succedidas pelos paes de Alice, tambem em trajos de nupcias. Immediatamente a esses vinham os .casaes novos, entre elles Paulo e Ade– lia, seguidos d~ Bénoit e Clara, os noivos de ha ci-ncoenta -annos :atraz, entrajados como a pri– meira vez que foram á egreja. E o cortejo, que passava por entre alas ·da pobresa·da ·aldeia, que juntava os seus jubilos ao de toda: à gente, era fechado por todos aquelles casaes que regulavam m[!.ls ou menos a. edade dos Benoit. .
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