LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
flODAS DE OURO 127 - Então, já exgottaste os planos todos que tinhas para as festas qug preparavamos? Fala sobre outro assumpto. · Era chegado o momento. Benoit lhe fornecera elementos para iniciar o seu pedido . . .- Não. A melhor p~l'te do plano guardei-a para revelar agora. ~E qual é? . -Se nol-o permittirem, somos Alice e eu. - Ora essa? Então julgavam que não toma- riam parte nas festas? Querem um convite especial? - Não, não é isso. Nós tambem estavamos dispostos a concorrer para o maior b1,ilho das bodc1s de ouro e . de prati:l, casando-nos. nesse dia. --Então, assim tão ás caladas, nomoravam– se ás nossas barbas ... Não consinto, opponlio-me formalmente a $ernelhante enlace, -declarou ,Berioit, desmanchat'ldo-se naquella gargalhada tãÓ franca e tão c~t!act~ristica que já lhe bavia cavado rugas fundás nas· boche.chas, onde se iam sepultar os seus contínuos sorrisos. - E1,1. .tambem estou resoiv.ida a não perdoar na minha filha a sua r~serva. -E eu, então, que fui uma avósinha sempre meiga, se111pre dedicada. Não, isso não se atura, não se póde aturar'. - . Interveiu o pae de Alice, ,que er-~ notavel pelo seu silencio :
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