LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

l BODAS DE OURO -balho já está ter.minado e mesmo que não o es• tivesse, a menina nunca seria um estorvo. · -Obrigada, sr. Benoit. -Se a sr·.ª acceitasse umas cerejas ..., ~ É muita bondade sua, mas: não s.e incom~ mode. -Ah! não é incornmodo. Apenas sinto que não seja presente digno da menina. , E coneu a subir por uma ar\'ore mais pro– x1ma. Clara seguiu-o. Dentro em pouco, Benoit, lá muito -ao· alto, perguntava a Clara quaes eram _ os fructos que mais lhe apeteciam. -Todos, respondia ella, rindo-se inf'antil– mente. -Se a menina quizer, aventurou elle, até as arvores podem ser suas. -Como, sr. Benoit? ~ · - :Perfeitamente. E não só estas arvores como todo o campo. , -Quer dizer que- se o papae quizer com– prar ..,. ~ ~ão, não é isso, ,menina Clara. -Então, não comprehendo. Não posso car– regar tudo isso eommigo, como levo agora estas ce1:ej~s.-: · . , .: ~Não précisaria carregar coisa alguma ... . -Expliq1Je-sc, sr. Benoit, pois o sr; ' me está despertando curiosidade. · .-Olhe, menina, senão fosse muita ,preten-

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