LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.

122 BODAS DE OURO - Seria ' uma unidade, contra muitas for r;a reunidas. Acabaria por ser trazido ;10 arrastão... - Mas não preciso delle, pois que· o meu con-– ceito não differe uma linha dahi, por mais que a prima se esforce por fazei-o mudar. - Isso eu sei: o primo quando teima para um lado, nãÓ ba meio de o arredar dafli. -Dessa ' discuss l o, porém, - interrompeu Renoit, - parece que não sahe o plano das fes– ta$ que nós queremos arranjar para o dia 25 de outubro. Arthur entrou a falar abundantemente sobre 'O assumpto. Queria uma festa estrondosa. A quinta devia receber uma ornamentação phantastica. Na sua imaginação entrelaçavam-se as bandeiras em co_rdões floridos; de sorte que se pudesse reaiisar um banquete em pleno ar livre. A rnesa devia affeétar a forma de um bosque, illuminado a balões chinezes e os pratos surgirem de tufos graciosos de flôres finas. bso para a noite. Pela manhã os velhos Benoit devi am simular um novo casamento, repetindo as scenas que se de~ ram no dia do casamento, ha cincoenta annos atraz. Benoit, de vez em .quando, dizia que o plano , não podia ser assim executado na aldeia. ...:_ Pôde, sim, affirmava Arthur. Eu me en– carrego de tudo e garanto que não ha necessi– dade de muito dinheiro. Ha muita flôr aqui, e. • J I

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