LOBATO, Manuel. Bodas de ouro. Manáos: Freitas, 1909. 137 p.
BODAg DE· OURO 121 vir'? - interveiu a velha e sempre amavel avó de Alice. -Não sei a quem elle quer accusar, acudiu Benoit, sorrindo. Arth.ur envergonhou-se do que havia deixado escapar e não acl10u meio de sahir.se do becco em que se mettera. _- Julgo que não me fiz comprehender, tentou elle remendar. Eu não disse que a minha entra– da havia sido prohibida. Apenas não busco mais frequentemente a vossa companhia para não me tornar aborrecido ; eis ahi, · - Ai! que a desculpa tardou tanto, disse Alice, que chegu~i a pensar que o primo estava engasgado. •-Não caçôe, prima, olhe que póde ·compro– metter-se ... - Conte-nos lá isso, primo Arthur. Ponha tudo em pratos limpos - tornou Clara. - Vamos, eu tambem queró saber como é que me posso comprometter 1-indagou Alice ligeiramente despeitada. -Muito facilmente. Já ouvi que a .prima é a creatura mais circumspecta destas alturas. Ora, criticando assim de mim, dá-me a perceber que continúa a mesma ironica menina de outros tempos. -E em que isso me poderia comprornetter? - Não vê que eu já tinha base para firinar a minha negativa á opinião geral? • •
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